A Missão brinquedOPA é uma iniciativa de pessoas comuns, que decidiram seguir o ideal jesuíta de amar e servir nas áreas em que mais se precisa de ajuda.

domingo, 23 de setembro de 2007

Preparativos para Missão em Natal-RN já começaram!

Pois é, moçada! Podem arrumar as malas e as caixas porque já começamos a organizar mais uma missão! A próxima parada da brinquedOPA é (novamente) em Natal, no Rio Grande do Norte, do dia 10 a 21 de dezembro!


Quem está coordenando a missão para Natal em 2007 é Vanessa (v.cunhacarmo@gmail.com), que está articulando tudo com Cadó, do Fe y Alegria de Natal e Pe. Geraldo sj, da Cia de Jesus, responsável pela Missão de Férias dos jesuítas. Eu, Bito, estou ajudando na parte de comunicação, enviando os e-mails para as nossas listas, etc. BCP e Aline, de São Paulo, estão responsáveis pela logística das doações.


Quem quer saber mais sobre a missão de Natal, veja a listinha abaixo:


1. Para Onde: Nós vamos para Natal, no Rio Grande do Norte e, em específico, ao Loteamento Esperança. O Fe y Alegria coordena o Centro de Desenvolvimento Educativo e Cultural Comunitário - CEDEC, onde montamos a brinquedOPA.

2. Data da Missão: Do dia 10 a 21/dez, para estarmos (missionários, voluntários do FyA e crianças) efetivamente no período de férias.

3. Doações: De início, precisamos de DINHEIRO (para despesas com alimentação, principalmente), BRINQUEDOS E LIVROS e MATERIAL PARA OFICINA.

Pois bem... é isso! MÃOS À OBRA!!!!!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Galeria de Fotos - Missão Natal 2006



Fotos: Fábio Bito Caraciolo. Para ver mais, clique aqui!

Galeria de Fotos - Missão Jenipapo 2006



Fotos: Pe. Li e Renatinha. Para ver mais, clique aqui!

Galeria de Fotos - Missão Jenipapo 2005



Fotos: Pe. Li, Fábio Bito Caraciolo e Tássia Novaes. Para ver mais, clique aqui!

Galeria de Fotos - Missão Jenipapo 2004



Fotos de Pe. Li - para ver mais, clique aqui!

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Das refelxões imagéticas (II)



O bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.


Manuel Bandeira.
Rio, 27 de dezembro de 1947



Relações possíveis da foto-poema acima :

O ‘boneco azul’ não tem ao certo uma identidade: seria um gato, um cão ou, quem sabe, um rato? Não é, por certo, um herói! Nenhum ‘super-homem’, ou ‘Super-Bicho’ (está parecendo mais um ‘Infra-Bicho’)

Seus olhos demonstram confusão, alinearidade (círculo esquerdo contrapondo-se a quadrado direito), mas, ao mesmo tempo, pode querer indicar que sua visão de mundo é complexa: cada olho vê o que quer, vê diferente...

Sua voz foi calada, costurada, pois, cúmulo, há falta até de lábios pra expressar-se.

Esse ‘bicho azul’ não é um homem! Mas foi feito por mãos humanas: trata-se de um trabalho feito em cooperativas por moradores de rua. Esses sim que, ainda hoje, quando acham alguma coisa pra comer, muitas vezes, não examinam nem cheiram: engolem com voracidade.

Contudo, há ilhas de resgate e socialização, posto que agora, nesse caso do nosso “Super-Infra-Bicho”, o ‘bicho’ não mais um homem, mas uma representação simbólica, revolucionária e silenciosa, de mãos e mentes que não mais mendigam e sim trabalham e criam realidades para um mundo melhor.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Das Reflexões Imagéticas (II) Ensaios Marajoaras

"Qin Shi Huang Di foi o primeiro Imperador que uniu a China sob a mesma dinastia, realizador de grandes reformas sociais e econômicas. Os Qin governaram de 211 a 206 antes de Cristo, sendo responsáveis pela implantação do conceito de império entre os chineses.
O Imperador faleceu há mais de 2 mil anos e foi sepultado junto a um exército de guerreiros de terracota, cuja principal missão era zelar por ele no além. Os chineses acreditavam na continuação da vida na terra, após a morte..." em: http://www.sergiosakall.com.br/asiatico/
china-soldados.htm

Explicando: Estando eu ajudando em uma brinquedoteca em Marajó- PA nesse ano da Graça de 2007, eis que me deparo com a cena que ao lado se encontra -
a foto que se vê ao lado é de um desses soldados de terracota acima ditos, que foi doado para a brinquedoteca em que trabalhei e logo reinventado com um pitada de regionalismo e criatividade Paraense-Marajoara.

Bem, essa imagem é uma tradução do que as crianças de lá espontânea e naturalmente querem dizer ao mundo( ao menos essa foi a leitura que fiz dessa foto):

"Nem todos conhecem quem são os soldados de terracota. Quem os conhecessem bem não lhes poria um sombreiro, como se ele fosse um boneco qualquer... Mas quem liga pra isso, pois o fato de ele ser um soldado chinês milenar representativo de toda uma cultura não o impede de ficar mais bonitinho com um sombreiro de tricô!!! Repetimos: nem todos conhecem quem são os Soldados de Terracota e ainda bem que é assim, pois isso nos permite viajar com ele (com sombreiro e tudo) pelo Rio Arari até chegarmos, quem sabe, ao Rio Amarelo..."


Ir. Epifânio

Ir para o blog PENSANTE

Saudades de Jenipapo

Jenipapo é nome de fruta e nome de lugar. Tanto um quanto outro são cheios de sabor. E assim como uma fruta leva tempo para amadurecer, Jenipapo também. São longas horas de barco para ali chegar, são longas horas de conversa para roçar-lhe o espírito, são longas horas de saudade com os rostos que se aderem à sua memória quando lá se vai... e só então percebe-se que Jenipapo não sairá jamais de você. Mas isso é muito bom, Jenipapo é um lugar alegre apesar de tudo, um lugar de crianças, de jogos e de brincadeiras. Numa palavra, é sinônimo de esperança. Ali foi plantada uma semente, a BrinquedOPA , que germinou em outras cidades. Ali foram plantadas sementes em muitos corações cheios de desejo de amar e servir, de conciliar fé e justiça.
E o cheiro das frutas saborosas vai muito longe, muito além do terreno dos pomares. Essa mensagem quer comunicar a você um pouco da alegria dessa experiência. Junte-se a nós e pense nas crianças de Jenipapo e de Vazantes, especialmente durante esses dias. Reze por aqueles que as estão visitando agora. Depois não se esqueça de voltar seu coração para o mundo concreto que o rodeia e peça ao Pai a graça de ser missionário exatamente aí, no aqui e no agora de sua existência.
Deus é generoso!

Pe. Li

Ir para o blog >UM PEREGRINO APENAS<

Missão Vazantes 2007

Chegamos em Vazantes na noite do dia 15 de julho, acho que mais ou menos às 20h. O céu estava lindo, cheio de estrelas, céu bonito do sertão do Ceará... Fomos bem recebidos e logo nos acomodamos na casa da Estação Cultura do Fé e Alegria. O grupo era composto por Laíze (Teresina), Adriano (Fé e Alegria - Natal), Keise (Recife) e eu, Simone. No dia seguinte fomos olhar onde iria ficar a brinquedoteca, pois a sala ainda não estava pronta. Ajudamos, então, a arrumar espaço para instalar a brinquedoteca numa sala que, no momento, estava funcionando também como biblioteca e lugar de muitas outras atividades. Depois ajeitamos os brinquedos que Laíze e eu tínhamos levado, além dos que já estavam por lá (os brinquedos de SP e BH ainda não tinham chegado em Fortaleza). O primeiro dia foi, assim, só de arrumação e reunião com os voluntários da brinquedoteca. Na reunião apresentamos a missão e a proposta da brinquedOPA, e perguntamos quem gostaria de ser voluntário, marcando para o dia seguinte uma capacitação com eles. No segundo dia, além dessa capacitação dos voluntários, fizemos uma ótima reunião com as mães. Havia sete voluntários, fizemos atividades, dinâmicas com o grupo para trabalhar o espírito de equipe, vimos a importância da brinquedoteca para o desenvolvimento da criança, e junto com eles fizemos o planejamento dos dias de funcionamento de acordo com a possibilidade de cada um. Dividimos as idades e separamos os dias para cada grupo por idade, como se vê nesse quadro:
SEG
TER
QUA
QUI
DOM
Grupo A
Grupo B
Grupo B
Grupo A
Grupo C
Grupo D
Grupo D
Grupo C
Grupo E
Grupo A- 8 à 12 anos
Grupo B - 4 à 7 anos
Grupo C - 4 à 7 anos
Grupo D - 8 à 12 anos
Grupo E - 8 à 12 anos
Inicialmente funcionamos assim. Depois o quadro se modificou conforme os dias em que apareceram mais crianças e a abertura da BrinquedOPA na sexta-feira à tarde também (com o grupo E). Foi feita uma avaliação de acordo com a necessidade da comunidade, pois a idade das crianças diminuiu com relação ao projeto inicial. Conversamos sobre isso com os voluntários, mostramos as dificuldade de se trabalhar com crianças com menos de 7 anos, mais era uma necessidade da comunidade. Pelo fato de Fé e Alegria ter muitas atividades em muitas mães participam e não tem onde deixar os filhos, havia um grande número de crianças entre 4 e 7 anos. Os voluntários participaram dessa decisao.
O funcionamento da BrinquedOPA foi iniciado como deveria ser quando não estivéssemos mais lá. Ficamos um pouco ausentes em alguns momentos para que os próprios voluntários tomassem a iniciativa de conduzir o grupo de crianças. A BrinquedOPA começou a funcionar na quarta-feira, terceiro dia de missão. Tudo deu certo, atendemos por volta de 75 crianças. Depois de um tempo algumas crianças não apareceram mais, outras crianças surgiram, mais a brinquedoteca não parava. Ao longo da missão apareceram mais voluntários e isso foi muito bom. Como criança se comporta como criança, não é difícil imaginar o olhar e o comportamento delas ao entrarem na brinquedoteca.
Keise não pode ficar até o final da missão e Juliana de Teresina apareceu na segunda semana. Ficamos a maior parte do tempo com um grupo de 4 pessoas. Na segundo semana, no dia que Juliana e Laise foram embora, eu fui à Fortaleza buscar os outros brinquedos que haviam chegado de SP e BH. Vocês podem imaginar a aventura: fiz a viagem num caminhão de carga de areia. Foi muito engraçado, mas cansativo. É muito melhor viajar de barco.
Fazíamos as orações sempre no final da tarde, na casa da Irmã Albani, uma pessoa maravilhosa. Tivemos casamento, festival de quadrilha, caminhadas na estrada, banho de rio, açude com direito a piaba picando os pés, festinhas que a comunidade fazia para nós, refeições alguns dias em outras casas... Uma parte do grupo fez visitas à comunidade junto com irmã Albani.
No ultimo dia fizemos uma reunião com todo os voluntários, depois de arrumarmos a brinquedoteca com os brinquedos que chegaram. Fiz até e-mail para eles, para mantermos contato mais facilmente. Procurei deixar as coisas bem organizadas, e agora estou na saudade. Acabei de ter noticias de lá e a brinquedoteca ainda funciona (com alguns probleminhas bobos, que posso ajudar a resolver via net).
Senti muita falta de uma pessoa para fazer o acompanhamento espiritual. Havia Irmã Albani, que é uma pessoa maravilhosa e esteve conosco em todos os momentos. Mas senti falta, talvez falta de ter Robertinho por perto.
O melhor depoimento que tive foi de um rapaz com 18 anos conhecido na comunidade como Tonton, voluntário do Fé e Alegria. Estávamos conversando uma noite sobre como foi bom ser criança e recordando nossa infância, e é claro que nesses papos aparecem coisa lindas e engraçadas. Ele olhou para mim e disse: "Preta eu não tive infância, não fui feliz. Sofri na minha infância, nunca tive brinquedos, lá em casa eram muitos irmão só tive um carro, uma vez, e meu tio quebrou ele bêbado. Naquele dia em que eu fui na brinquedoteca eu estava muito triste e quando entrei e vi um carro que era parecido com aquele que meu tio quebrou e voltei à minha infância e a tristeza acabou. Ficar na brinquedoteca me faz bem e me faz feliz". Seus olhos se encheram de lágrimas, ele não pode mais falar e é claro que eu também fiquei emocionada e vi o quanto valeu a pena estar ali. Ele já estava um bom tempo afastado do projeto e, nas vezes em que fui lá, nunca o vi tão empolgado com uma coisa. Tonton passou todos os dias conosco e ajudou um bocado na brinquedoteca. Como vocês sabem, a comunidade tem muitos problemas com drogas - principalmente com o álcool. É um problema passado de pai para filho, dura realidade de lá.
Acho que é só isso pessoas!!! A missão foi maravilhosa. graças a Deus. Tudo deu certo... e lembram que eu pensei em desistir? Acho que, para mim, foi uma das missões mais difíceis. Não é somente pela responsabilidade que tive que assumir sozinha. Mas alguns acontecimentos em minha vida me fizerem pensar muito e ver muitas coisas que não via antes. Cada missão é uma nova experiência, eu tive mais uma - e grande. Sempre nas orações lembrava de Jenipapo e imaginava o que estavam fazendo naquela hora. Saudade grande de lá...
Simone Dias

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Das refelxões imagéticas (I)


O bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira
Rio, 27 de dezembro de 1947


Relações possíveis da foto-poesia acima :

O ‘boneco azul’ não tem ao certo uma identidade: seria um gato, um cão ou, quem sabe, um rato? Não é, por certo, um herói! Nenhum ‘super-homem’, ou ‘Super-Bicho’ (está parecendo mais um ‘Infra-Bicho’)

Seus olhos demonstram confusão, alinearidade (círculo esquerdo contrapondo-se a quadrado direito), mas, ao mesmo tempo, pode querer indicar que sua visão de mundo é complexa: cada olho vê o que quer, vê diferente...

Sua voz foi calada, costurada, pois, cúmulo, há falta até de lábios pra expressar-se.

Esse ‘bicho azul’ não é um homem! Mas foi feito por mãos humanas: trata-se de um trabalho feito em cooperativas por moradores de rua. Esses sim que, ainda hoje, quando acham alguma coisa pra comer, muitas vezes, não examinam nem cheiram: engolem com voracidade.

Contudo, há ilhas de resgate e socialização, posto que agora, nesse caso do nosso “Super-Infra-Bicho”, o ‘bicho’ não mais um homem, mas uma representação simbólica, revolucionária e silenciosa, de mãos e mentes que não mais mendigam e sim trabalham e criam realidades para um mundo melhor.

domingo, 8 de julho de 2007

CAIXAS EMPACOTADAS

As caixas de doações para as BrinquedOPAs da julho já estão devidamente empacotadas. Vê-las empilhadas é chegar um pouco mais perto de Vazantes e Jenipapo.

São mais de 100kg em doações recolhidas em Belo Horizonte, Recife, Salvador, São Paulo e Teresina. Cerca de vinte pacotes repletos de bichos de pelúcia, jogos, carros, bonecas e muito carinho. Cada peça dentro das caixas leva a presença de pessoas que doaram, pediram, transportaram, costuraram, selecionaram e apoiaram material e/ou espiritualmente as BrinquedOPAs. Parabéns, missionários! Deus é generoso!!

quinta-feira, 21 de junho de 2007

TA CHEGANDO A HORA!!!!

Pessoal, falta muito pouco para as missões do meio do ano! Vejam as informações e se mobilize...

A missão de Vazantes vai de 15/07 a 28/07, sob a coordenação de Simone (Recife). Estes serão dias mto especiais, pois nossa BrinquedOPA caçulinha começará a ganhar forma. Teremos a parceria do Fé e Alegria, que reservou um espaço de sua sede para abrigar a brinquedoteca. Os missionários se reunirão em Fortaleza, onde tomarão um ônibus de linha para Vazantes. Além de Simone, até agora, já confirmaram presença: Danise, Keise e Meyre. Ainda a confirmar, temos Syane e Adriano (voluntário do Fé e Alegria que ajuda na brinquedoteca de Natal). Por enqto., não temos a confirmação de um orientador espiritual, mas Simone já entrou em contato com as irmãs que vivem na região, provavelmente, uma delas acompanhará o grupo.

A missão de Jenipapo vai de 14/07 a 05/08. A coordenadora é Cissa (OPA-SP/São Carlos), mas, apesar de toda a dedicação, ela não poderá ir. Os missionários se encontrarão em Belém, reservando os primeiros dias para integração, planejamento e últimos acertos, como compra de mantimentos. Lá, mais uma vez, teremos o apoio de Dom Aléssio e Mazé, sua secretária. Dependendo da maré, tomaremos o barco em direção a Jenipapo terça ou quarta-feira. Na vila, nossas anfitriãs serão as irmãs Franciscanas de Dillingen. Nosso orientador espiritual será Ir. Epifânio, jesuíta que vive em Salvador e ficará com o grupo durante a primeira semana. Os missionários confirmados são: BCP (OPA-SP/SLG), Livinha (OPA-BH) e eu (Renatinha - OPA-SSA_SP/SLG)

quarta-feira, 20 de junho de 2007

O que é uma brinquedoteca?

Brinquedoteca é uma coisa simples: pegue uma sala e uma porção de jogos, brinquedos, livros e gibis. Organize tudo isso em prateleiras, caixas e armários, tome bastante cuidado com a limpeza e segurança das crianças e abra a porta. O resto é uma festa.




Mas como toda festa tem que ter um pouco de ordem, as brinquedotecas da Missão BrinquedOPA têm como balizas três linhas de desenvolvimento:

- Linha científica: atividades relativas ao conhecimento da natureza, ao funcionamento dos organismos e das máquinas, buscando despertar toda forma de curiosidade nas crianças e adolescentes;

- Linha artística: atividades criativas envolvendo todas as formas de arte, promovendo um conhecimento maior das técnicas e formas de arte como uma forma de educação dos sentidos para o belo;

- Linha lúdica: atividades em grupo em forma de jogo ou brincadeira que despertem e desenvolvam habilidades diversas, em particular a capacidade de imaginar e de sonhar.

Além disso, é preciso um pouco de disciplina. O cotidiano da brinquedoteca é organizado em torno de três regras báscias que precisam estar na ponta da língua. São elas:


1) Ninguém brinca sozinho: visa desenvolver o sentido de grupo e uma educação para a vida comunitária e política;

2) Pegou, guardou: visa despertar o sentido de ordem e de co-responsabilidade;

3) Brinquedo não sai da brinquedoteca: visa consolidar a consciência de que a brinquedoteca é um espaço público a ser preservado como espaço acessível a todos.

Associado aos missionários e aos voluntários locais que respondem em primeiro lugar pelas atividades realizadas na brinquedoteca, constituiu-se por convite um grupo de animadores-mirins.

Essas crianças e adolescentes são escolhidos a partir das habilidades que manifestam e colaboram na condução dos trabalhos ensinando a usar certos jogos ou auxiliando na organização do acervo. Desta forma espera-se reforçar o sentido de co-responsabilidade e de liderança. A colaboração é espontânea e voluntária, não impedindo que as crianças e adolescentes participem como brincantes das atividades.

O uso normal da brinquedoteca-biblioteca é determinado pelo interesse espontâneo que cada criança manifesta pelos brinquedos que quer usar. No entanto, alguns dias devem ser dedicados ao uso especial de um brinquedo apenas, quando um tema específico guia as atividades em torno a uma das linhas de desenvolvimento (científico, artístico e lúdico).

A Missão BrinquedOPA é um projeto gerenciado e representado pela Associação Grupo OPA - AOPA.

Para saber mais, entre em contato com a gente!

Jenipapo 2006

Esse vídeo abaixo com a música TUDO, do OPA, foi feito com fotos da missão em Jenipapo, em 2006. "Deus é Generoso!"

terça-feira, 19 de junho de 2007

Missionários

"É tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá..." (Gonzaguinha)

Ser missionário é dizer sim! E muita gente já deu sim para esse projeto. Gente que ajuda de todo jeito: conseguindo doações, encaixotando brinquedos, ajudando na comunicação, vendendo rifas e também viajando.

Abaixo, alguns depoimentos ds missionários que sairam de suas casas e foram viver a experiência de ser peregrino.

Jenipapo 2004:

Robertinho
Heitor
Daniel
DeinhaMargot
François
Grégoire
Anne-Laure
Laurence
Anaïs
Céline
Clarisse

Jenipapo 2005:

Renatinha
Carol
Tássia
Bito
Márcia
Robertinho
Deinha

Jenipapo 2006:

Robertinho
Deinha
Renatinha
Vanessa
Cissa
Simone

Natal 2006:

Robertinho
Vanessa
Bito
Daniel
Aldo
Leandro
Marcos
Denir
Inês
Raquel
Lucimélia
Nair
Nazica
Flávia

Vazantes 2006:

Simone
Denir
Leandro
Lucimélia
Aldo

Missões

Atualmente, a Missão brinquedOPA vai a três localidades. Nossos objetivos com a missão são: construir, manter e animar uma brinquedoteca local e uma fábrica de jogos e brinquedos. A brinquedoteca é um espaço para as crianças aproveitarem no horário oposto ao da escola regular, tirando-as das ruas, por exemplo. Já a fábrica de jogos funciona como fonte de renda para a comunidade e para a própria brinquedoteca.

Saiba mais sobre cada uma das missões:

JENIPAPO

NATAL

VAZANTES

domingo, 17 de junho de 2007

Como ajudar?

Existem várias formas de se ajudar a Missão brinquedOPA. Confira:

0- Comunicação:

Antes de qualquer coisa o importante é estar de coração aberto para ajudar a missão. Pode ser divulgando este blog, falando da missão em sua comunidade, em sua escola, em seu trabalho. Quanto mais gente souber da existência deste projeto, mais chances de mantê-lo vivo teremos!

1- Participando das missões:

A cada dia que passa descobrimos que a melhor doação atualmente é em forma de tempo e de presença. Entre em contato com a gente e organize suas férias para que você possa estar presente em uma das missões que realizamos. Na seção missionários você pode ver o depoimento de alguns jovens que participaram e, com certeza, não se arrependem!

2- Doações de brinquedos, jogos, gibis e livros:

Anualmente enviamos caixas com brinquedos e jogos para renovar o acervo das brinquedotecas. Fazemos uma seleção do que vai para cada lugar segundo a necessidade apontada pelos missionários e responsáveis locais. Não precisam ser brinquedos novos mas é importante que estejam completos e em condição de uso.

Os gibis e livros ajudam a manter a biblioteca de cada localidade. As enciclopédias são muito bem vindas assim como módulos de pré-vestibular. Tanto em Jenipapo quanto em Vazantes vários jovens que ajudam nas atividades da brinquedoteca estão se preparando para o vestibular e precisam dessa força!

3- Doações de material para fábrica de jogos e brinquedos:

Madeira, eva, ferramentas, lixas, pirógrafo, tecido, couro, tinta, pincéis e cola quente são os materiais mais utilizados para a fabricação de jogos e brinquedos.

3- Doações em dinheiro ou objetos para rifas:

Você pode colaborar também doando qualquer quantia em dinheiro ou objetos como quadros e eletro-eletrônicos para fazermos rifas. As doações em dinheiro são importantes para a compra de material que não foi conseguido com doação e também para os gastos dos missionários nas localidades, incluindo ajuda com passagens para alguns deles.

4- Doação de milhagens aéreas:

Doando milhagens você está mantendo viva a esperança de uma brinquedoteca, facilitando a viagem de um missionário. Passagens para Belém, Fortaleza e Natal são bastante caras e temos sérias dificuldades para conseguir viajar para as missões.

5- Doação de contatos:

Você conhece alguém que trabalhe com transporte de cargas? Você conhece algum diretor de empresa que colabora com ações de responsabilidade social? Você conhece alguém em editoras de livros, loja de jogos etc? Compartilhe esse contato conosco!

Contato

Quer ajudar com doações? Quer ajudar viajando para as missões? Quer saber mais sobre a Missão brinquedOPA?

Existem algumas formas de você entrar em contato conosco!

Pelo e-mail geral: brinquedopa@gmail.com

E-mail das coordenadoras de cada missão:

Vanessa Cunha Carmo: v.cunhacarmo@gmail.com- Missão brinquedOPA - Natal
Clarissa Ruas:
cbgruas@gmail.com - Missão brinquedOPA - Jenipapo
Simone Dias: simonediasgoncalves@yahoo.com.br - Missão brinquedOPA - Vazantes

Missão brinquedOPA - Vazantes

A caçula das missões é a de Vazantes. Fomos lá pela primeira vez em dezembro de 2006 para um reconhecimento da comunidade. Promovemos um "dia de brinquedoteca" com os futuros voluntarios da comunidade. Fizemos uma reunião com eles e demonstramos como seria um dia de brinquedoteca. As próximas missões serão de implementação e animação da brinquedoteca. A localidade é um distrito do município de Aracoiaba, estado do Ceará. A iniciativa é mais uma parceria entre a Fundação Fé e Alegria e a Associação Grupo OPA – Oração Pela Arte. A brinquedoteca de Vazantes funciona num espaço da Fé e Alegria. As missões são coordenadas por Simone Dias Gonçalves e acontecem sempre entre junho e julho todos os anos.

O que levar para a missão em Vazantes?

- Bíblia: além de termos celebrações diárias durante a missão, aproveite o período da viagem para rezar bastante.

- Lanterna: é sempre importante ter uma lanterna à mão.

- Repelente: Proteger-se dos mosquitos é importante para evitar alergias e incômodos durante a missão.

- Protetor solar e labial: É preciso estar sempre protegido. Tanto o corpo quanto os lábios.

- Roupas leves: Não há muito segredo para fazer a mochila para Natal. Roupas leves, fáceis de lavar e secar, como nylon ou tactel. Não leve roupa para todos os dias porque você precisa de espaço na mochila para outras coisas. Para os dias em Fortaleza, é bom levar uma muda de roupa para um passeio turístico. Para calçar, uma sandália (tipo havaianas) e um tênis são mais do que suficientes! É bom também levar uma roupa de banho porque pode ser que tenhamos oportunidade de tomar banho de mar.

- Máquina fotográfica: É importante para fazer todos os registros que você quiser. Mas não esqueça que você não terá computador para descarregar as imagens e não achará filmes com facilidade. Sendo assim, vá preparado com cartões de memória e filmes extras para não ficar sem fotos quando voltar para casa. O mesmo vale para as pilhas e baterias!

- Jóias, equipamentos eletrônicos etc: A presença dos missionários por si só já é um tremendo acontecimento em Vazantes. Por isso é importante manter a discrição e evitar as jóias e muitos equipamentos eletrônicos e tudo que possa chamar muito atenção.

- Lençol e toalha: levar um de cada para não encher muito a mochila.

- Dinheiro: Não é necessário ter grandes somas de dinheiro consigo. Os dons que recebemos devem cobrir as principais despesas de viajem. No entanto, levem alguma reserva para urgências e para as lembranças pessoais.

Missão brinquedOPA - Natal


Quem nunca ouviu falar das dunas de Natal e dos seus passeios de buggy? Pois bem pertinho desse ponto turístico da capital do Rio Grande do Norte fica o Loteamento Esperança, local onde montamos a segunda brinquedoteca da Missão brinquedOPA, em dezembro de 2006. Em Natal temos uma importante parceria com a Fundação Fé e Alegria que cedeu um espaço provisório para instalação da brinquedoteca e da fábrica de jogos e brinquedos. Também contamos com a ajuda de vários jovens voluntários da própria comunidade. A Associação Grupo OPA – Oração Pela Arte organiza a missão (sempre em dezembro) e Vanessa Cunha é quem coordena as atividades.

O que levar para a missão em Natal?

- Bíblia: além de termos celebrações diárias durante a missão, aproveite o período da viagem para rezar bastante.

- Lanterna: é sempre importante ter uma lanterna à mão.

- Repelente: Proteger-se dos mosquitos é importante para evitar alergias e incômodos durante a missão.

- Protetor solar e labial: Vamos para Natal em dezembro, em pleno verão. É preciso estar sempre protegido. Tanto o corpo quanto os lábios. Até porque pode-se ter a chance de fazer um passeio na praia.

- Roupas leves: Não há muito segredo para fazer a mochila para Natal. Roupas leves, fáceis de lavar e secar, como nylon ou tactel. Não leve roupa para todos os dias porque você precisa de espaço na mochila para outras coisas. Para os dias em Natal, é bom levar uma muda de roupa para um passeio turístico. Para calçar, uma sandália (tipo havaianas) e um tênis são mais do que suficientes! É bom também levar uma roupa de banho porque pode ser que tenhamos oportunidade de tomar banho de mar.

- Máquina fotográfica: É importante para fazer todos os registros que você quiser. Mas não esqueça que você não terá computador para descarregar as imagens e não achará filmes com facilidade. Sendo assim, vá preparado com cartões de memória e filmes extras para não ficar sem fotos quando voltar para casa. O mesmo vale para as pilhas e baterias!

- Jóias, equipamentos eletrônicos etc: A presença dos missionários por si só já é um tremendo acontecimento no Loteamento Esperança. Por isso é importante manter a discrição e evitar as jóias e muitos equipamentos eletrônicos e tudo que possa chamar muito atenção.

- Lençol e toalha: levar um de cada para não encher muito a mochila.

- Dinheiro: Não é necessário ter grandes somas de dinheiro consigo. Os dons que recebemos devem cobrir as principais despesas de viajem. No entanto, levem alguma reserva para urgências e para as lembranças pessoais.

Missão brinquedOPA - Jenipapo


A vila de Jenipapo fica na Ilha de Marajó, no Pará, no município de Santa Cruz do Arari. Um lugar um bocado longe e de difícil acesso, às margens do lago Arari, 17 horas de barco da capital Belém. De uma espécie de colônia de férias, em 2004, atendendo a mais de 200 crianças até a instalação da brinquedoteca Giovanni Gallo e a fábrica de jogos e brinquedos, foram muitas horas de idas e vindas em aviões, ônibus, barcos pequenos, barcos grandes, moto, pau-de-arara e até tomando carreira de búfalo.

Atualmente a brinquedoteca de Jenipapo é liderada por algumas mães da própria comunidade e pelas Irmãs Franciscanas de Dilligen. A organização das missões anuais (sempre entre julho e agosto) é de responsabilidade da Associação Grupo OPA – Oração Pela Arte, coordenada por Clarissa Ruas, a Cissa.

O que levar para a missão em Jenipapo?

- Vacinas: Para viajar para qualquer lugar na Amazônia é preciso tomar vacinas contra Febre Amarela e Anti-Tetânica. Isso é extremamente importante e deve ser providenciado pelo menos 11 dias antes do embarque.

- Bíblia: além de termos celebrações diárias durante a missão, aproveite o período da viagem para rezar bastante.

- Rede: nas viagens de barco todo mundo dorme em redes. Você pode deixar para comprar no mercado Ver-o-Peso, em Belém, que é mais barato (de 20 a 40 reais). É bom também comprar um mosquiteiro de rede (10 a 20 reais), vendido no mesmo lugar!

- Lanterna: é sempre importante ter uma lanterna à mão. A iluminação na vila à noite é bem fraca e eventualmente precisamos andar pelas pontes nesse horário. Um canivete suíço é sempre útil também.

- Repelente: lembre-se que você vai estar num lugar úmido e numa vila às margens da floresta. Sendo assim, os mosquitos marcam presença sempre. Um bom repelente é fundamental tanto pela manhã quanto à noite.

- Protetor solar e labial: o sol em Jenipapo não é brincadeira. É preciso estar sempre protegido. Tanto o corpo quanto os lábios.

- Roupas leves: Não há muito segredo para fazer a mochila para Jenipapo. Roupas leves, fáceis de lavar e secar, como nylon ou tactel. Não leve roupa para todos os dias porque você precisa de espaço na mochila para outras coisas. Para os dias em Belém, é bom levar uma muda de roupa para um passeio nas docas ou no Mangal das Garças. Para calçar, uma sandália (tipo havaianas) e um tênis são mais do que suficientes! É bom também levar uma roupa de banho porque pode ser que tenhamos oportunidade de tomar banho no rio.

- Máquina fotográfica: É importante para fazer todos os registros que você quiser. Mas não esqueça que você não terá computador para descarregar as imagens e não achará filmes com facilidade. Sendo assim, vá preparado com cartões de memória e filmes extras para não ficar sem fotos quando voltar para casa. O mesmo vale para as pilhas e baterias!

- Jóias, equipamentos eletrônicos etc: A presença dos missionários por si só já é um tremendo acontecimento na vila de Jenipapo. Por isso é importante manter a discrição e evitar as jóias e muitos equipamentos eletrônicos e tudo que possa chamar muito atenção.

- Lençol e toalha: levar um de cada para não encher muito a mochila.

- Dinheiro: Não é necessário ter grandes somas de dinheiro consigo. Os dons que recebemos devem cobrir as principais despesas de viajem. No entanto, levem alguma reserva para urgências e para as lembranças pessoais. Belém tem um belo artesanato e um mercado impressionante (o Ver-o-Peso).

sábado, 16 de junho de 2007

Ajudar as almas...

"Ajudar as almas. Eis uma frase que Santo Inácio sempre repetia, uma espécie de refrão do bem que ele sentia que Deus queria que ele fizesse."

É assim que começa um dos primeiros relatos de padre Roberto Ribeiro sj. quando retornou de Jenipapo, em 2005. Era a segunda vez que o grupo de missionários se reunia na pequena vila da Ilha de Marajó, no Pará, desta vez para ajudar a montar uma brinquedoteca.

Tudo era muito despretencioso. Da primeira vez que fomos à Jenipapo, em 2004, fizemos uma espécie de colônia de férias com as crianças. Eram 7 frenceses e 4 brasileiros acompanhados pelo ainda diácono Robertinho. Depois disso, ganhamos sede, viramos marca e até fundamos fábricas de jogos e brinquedos.

O tempo passou e o projeto missionário ganhou força, gente, e já atua em duas outras comunidades. Além de Jenipapo, a BrinquedOPA também está presente em Vazantes, no Ceará, e na periferia de Natal, no Rio Grande do Norte.

A gente já foi longe e plantamos as sementes nesses lugares muitas vezes esquecidos. Sentimos com muita alegria essas sementes brotarem e sempre voltamos para casa com o espírito enriquecido. O tempo todo aprendemos que mais do que bonecas, carrinhos e livros, o mais importante é levar PRESENÇA!

As Cidades e a Vida 1

Todos os viajantes chegam a Polidres de noite, ansiando pelo espetaculo de cada manha. A cidade é uma 'a noite, e se vai transfigurando a medida em que nasce o sol . O coachar dos sapos vai sumindo, as aguas vao baixando e as casas suspensas comecam a falar baixinho. A medida que o calor aquece os tetos e os barcos, as vozes vao aumentando e as ruas se agitando. A vida ganha a praca quando o primeiro papagaio e' solto pelo primeiro menino. Cada casa tem uma cor e um menino com seu papagaio. Assim o sol vai erguendo consigo um festival de cores que acompanha a cidade todos os dias. Os fios dos papagaios também são coloridos e, quando se trançam, misturam-se dando origem a novas tonalidades que se refletem no espelho d'agua onipresente. Mas se o viajante estiver desatento, nao observara' o gesto mais precioso de Polidres. As pessoas sorriem.



Roberto SJ